terça-feira, maio 10, 2005

4º Colóquio Anual da Lusofonia

3 a 5 de Outubro de 2005
SALA DE ACTOS DO TEATRO MUNICIPAL ou CENTRO CULTURAL MUNICIPAL (Anfiteatro)

Após o sucesso da anterior edição, decidimos manter a aposta cultural na realização deste importante evento anual que este ano contará com a organização da Fundação Os Nossos Livros e o apoio da Câmara Municipal de Bragança. Uma das razões preponderantes para organizarmos um 4º Colóquio Anual Internacional da Lusofonia em Bragança, Portugal, assenta no facto de a maior parte destes acontecimentos estar centralizada nas grandes urbes sem permitir que as regiões mais desertificadas e afastadas dos centros de poder, tenham ao seu alcance debates sobre a Língua Portuguesa, suas diversidades e propostas inovadoras.

Subordinada ao título DOS CONTADORES DE HISTÓRIA À LITERATURA CONTEMPORÂNEA, o Colóquio da Lusofonia 2005 irá ter como tema central o problema da Língua Portuguesa em Timor-leste: como se impõe uma língua oficial que não é falada pela maior parte dos habitantes, análise da situação, desenvolvimentos nos últimos cinco anos, projectos e perspectivas presentes e futuras. Ainda em debate estarão os problemas da Tradução como forma de perpetuar e manter a criatividade da Língua Portuguesa nos quatro cantos do mundo.

Igualmente se irão manter as actividades paralelas como a Mostra de Artesanato e a Mostra de Livros, a que se acrescentarão em 2005 Exposições e Concursos de Fotografia, Pintura e Escultura, o que só vem demonstrar a vitalidade e a - cada vez mais lata - abrangência destes Colóquios.

O português faz parte da história timorense. Não a considerar uma língua oficial colocaria em risco a sua identidade, defende o linguista australiano Geoffrey Hull no seu recente livro Timor-Leste. Identidade, língua e política educacional. A língua portuguesa "tem-se mostrado capaz de se harmonizar com as línguas indígenas" e é tanto mais plausível porque "o contacto com Portugal renovou e consolidou a cultura timorense" e quando Timor-Leste emergiu da fase colonial "não foi necessário procurar uma identidade nacional, o país era único do ponto de vista linguístico". "O português não é um idioma demasiado difícil para os timorenses pois estes já possuem um relativo conhecimento passivo do português, devido ao facto de que já falam o Tetum-Díli", afirma Hull. "A juventude deve fazer um esforço colectivo para aprender ou reaprender" a língua portuguesa.

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